Saiba como cuidar da alimentação do seu filho. É essencial que a criança tenha uma alimentação saudável para não sofrer com doenças crônicas, como a obesidade e diabetes.
Uma criança para crescer feliz e com saúde precisa ter uma alimentação balanceada, que forneça uma boa variedade de vitaminas, proteínas e nutrientes importantes para o bom funcionamento do sistema imunológico. É necessário que os pais e responsáveis pelos pequenos fiquem atentos às doenças crônicas, como obesidade e diabetes. Segundo a última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2008-2009), houve um aumento importante no número de crianças acima do peso no Brasil, principalmente, na faixa etária entre 5 e 9 anos de idade.
Muitas vezes, os pais só se dão conta que devem controlar a alimentação do filho, a partir do momento em que os problemas aparecem. "O número de crianças com sobrepeso ou obesidade tem aumentado de maneira significativa. Isso preocupa muito os pais e familiares, já que junto a este quadro surgem doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, que não eram tão presentes nessa faixa etária. Sabemos que quando o excesso de peso se desenvolve na infância tende a persistir na vida adulta. Sem contar que pode causar também baixa autoestima na criança", explica a nutricionista Paula Castilho, da rede Nação Verde.
É quando os hábitos alimentares devem ser alterados pela criança ou até mesmo por toda a família, que serve de espelho na infância. Segundo Paula, "as crianças são visuais, por isso é importante a educação alimentar". Até por volta dos dois anos de idade, elas não costumam oferecer resistência aos alimentos. Muitas estão até habituadas ao consumo de batatas, cenouras e espinafre, mas em forma de sopa ou papinha. Ao crescerem, os pequenos são apresentados aos alimentos em sua forma natural, o que causa estranhamento e rejeição.
Outro fator que agrava o processo da alimentação saudável é o contato com alimentos industrializados. Geralmente, os produtos industrializados apresentam muitos aditivos químicos, utilizados pelas indústrias alimentícias para melhorar o sabor, aspecto e durabilidade dos produtos, mas que não trazem benefícios à saúde. "É necessária a prática habitual da alimentação mais natural, com sucos de frutas naturais em vez do refrigerante, um doce de frutas, compotas, geleias, bolo de cenoura, de iogurte, etc. em vez de tortas e bolos recheados, carregados de chantilly, creme de leite e chocolate. Proibir as guloseimas como salgadinhos, balas e doces não é uma boa ideia, já que estimulará ainda mais o interesse da criança. Mas pode-se estabelecer horários adequados para serem consumidos e em quantidades suficientes para não atrapalharem o apetite na próxima refeição e nem substituí-la", completa a profissional.
Existem grupos alimentares essenciais às crianças. São eles, os energéticos (fornecem energia necessária para a realização das atividades físicas: pães, batatas, arroz etc.); construtores (formam tecidos e mantêm estruturas orgânicas: leite, queijos, carnes, frango, peixes, ovos, feijões etc.) e reguladores (vitaminas e minerais: frutas, legumes e verduras). A alimentação também precisa ser livre de açúcares, gorduras e muito sódio. “Os pais precisam moderar o consumo de açúcar, principalmente para as crianças que estão em fase de crescimento. Ao invés de oferecer um chocolate depois do almoço, faça uma salada de fruta que contém menos açúcar e também é mais saudável”, afirma o nutrólogo André Veinert, da Clínica Healthme Gerenciamento de Perda de Peso. Procurar um especialista em nutrição é a melhor forma de tratar ou prevenir o excesso de peso e doenças. Vale lembrar que a prática de atividades físicas e brincadeiras também são opções saudáveis para as crianças.
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