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sábado, 9 de maio de 2015

Anorexia Nervosa: O que é, Causas, Sintomas e Tratamento

Anorexia

A anorexia nervosa é um problema psiquiátrico caraterizado por um comportamento anormal em relação a comer. Tem como características a busca por grande perda de peso, fazendo com que a pessoa fique extremamente magra. O perfeccionismo e o desejo de autocontrole do corpo são apontados como causas. É cada vez mais comum, principalmente entre as mulheres, nos países onde a cultura é ser magro.
Esse artigo tratará sobre o tema Anorexia Nervosa. Apresentaremos o que é essa doença em detalhes, as causas, os sintomas, as várias vertentes de tratamentos disponíveis.

O que é a anorexia nervosa?

A anorexia nervosa é um transtorno psiquiátrico caracterizado por um comportamento anormal em relação à alimentação, à grande perda de peso autoinduzida, e a outras comorbidades psiquiátricas (quando duas ou mais doenças estão etiologicamente relacionadas).
Pessoas com anorexia nervosa têm um medo extremo de ganhar peso, o que faz com que elas tentem se manter em um peso muito abaixo do ideal. Os indivíduos com a doença fazem qualquer coisa para evitar o ganho de peso, inclusive, morrendo de fome ou fazendo exageradamente exercícios. A pessoa com anorexia nervosa tem uma imagem distorcida do corpo – acha que está gorda e que não tem um peso ideal.
Embora seja considerado um transtorno alimentar, muitos pesquisadores acreditam que é uma tentativa de lidar com o perfeccionismo e o desejo de ganhar o controle regulando estritamente comida e peso. Tem se tornado cada vez mais comum, especialmente entre as mulheres jovens nos países industrializados, onde os ideais culturais encorajam as pessoas a serem magras.
A anorexia também está afetando um número crescente de homens, especialmente os atletas e os militares. Embora raramente apareça antes da puberdade, quando isso acontece, as condições mentais associadas, como depressão e comportamento obsessivo-compulsivo são geralmente mais graves. Trata-se de uma condição com risco de vida, que pode resultar em morte por inanição, insuficiência cardíaca, desequilíbrio eletrolítico, ou suicídio.
Para algumas pessoas, a anorexia nervosa é uma doença crônica, que dura a vida inteira. Mas o tratamento pode ajudá-las a desenvolver um estilo de vida mais saudável e evitar complicações.

Algumas causas e fatores de risco para o problema

Não há uma causa exata para o problema. Médicos especialistas concordam que vários fatores trabalham juntos de uma forma bastante complexa para levar ao distúrbio alimentar. Estas podem incluir:
  • Trauma grave ou estresse emocional, como a morte de um ente querido ou abuso sexual, durante a puberdade ou pré-puberdade;
  • Anormalidades na química cerebral (a serotonina, uma substância química do cérebro que está envolvida na depressão, pode desempenhar algum papel);
  • Um ambiente cultural que coloca um valor alto em corpos magros;
  • A tendência para o perfeccionismo, o medo de ser ridicularizado ou humilhado, o desejo de ser sempre entendido como sendo “bom”, a crença de que ser perfeito é necessário para ser amado;
  • História familiar de anorexia (cerca de um quinto das pessoas com anorexia nervosa têm um parente com algum distúrbio alimentar).
Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença estão:
  • A idade e o sexo (anorexia é mais comum em adolescentes e mulheres jovens);
  • Dieta;
  • Ganho de peso;
  • Perda de peso não intencional na puberdade;
  • Ter depressão, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), ou outros transtornos de ansiedade (o TOC está presente em até dois terços das pessoas com anorexia e, quando associado a um transtorno alimentar, é muitas vezes acompanhado por um ritual compulsivo em torno da comida, como cortá-la em pedaços minúsculos);
  • A participação em esportes e profissões que premiam um corpo magro (dança, ginástica, corrida, patinação artística, corridas de cavalos, bodybuilding, etc.);
  • Dificuldade em lidar com o estresse (pessimismo, tendência a se preocupar, a recusa de enfrentar questões difíceis ou negativas);
  • História de abuso sexual ou outro evento traumático;
  • Experimentar uma grande mudança de vida, como ir para uma nova escola.

Os sintomas e os sinais da anorexia nervosa

O principal sinal de anorexia nervosa é a perda de peso severa. As pessoas com anorexia tentam perder peso, limitando severamente a quantidade de comida ingerida. Também podem se exercitar excessivamente. Algumas pessoas podem se envolver em um tipo de compulsão semelhante à bulimia. Eles podem vomitar depois de comer ou tomar laxantes. Ao mesmo tempo, a pessoa pode insistir que está com sobrepeso.
Dentre os sintomas físicos, temos:
  • Perda excessiva de peso;
  • Períodos menstruais escassos ou ausentes (em mulheres);
  • Queda de cabelo;
  • Pele seca;
  • Unhas quebradiças;
  • Mãos e pés frios ou inchados;
  • Estômago inchado ou achatado;
  • Pressão arterial baixa;
  • Fadiga;
  • Ritmos cardíacos anormais.
Considerando os sintomas psicológicos e comportamentais temos:
  • Autopercepção distorcida (insistência de que está acima do peso, quando não é verdade);
  • Preocupação contínua com a comida;
  • Recusa a comer;
  • Incapacidade de se lembrar de coisas;
  • Recusa a reconhecer a gravidade da doença;
  • Comportamento obsessivo-compulsivo;
  • Depressão.
Alguns sinais têm que ser observados, pois podem indicar o início do transtorno. Entre eles:
  • Pular refeições ou inventar desculpas para não comer;
  • Comer apenas alguns alimentos;
  • Recusar-se a comer em público;
  • Planejar e preparar refeições para os outros (mas não comer);
  • Pesar-se constantemente;
  • Cortar os alimentos em pedaços pequenos de maneira ritualista;
  • Exercícios físicos compulsivos.

Prevenção e cuidado

A maneira mais eficaz de prevenir a anorexia nervosa é desenvolver hábitos alimentares saudáveis ​​e uma imagem boa do corpo desde cedo. Não aceitar os valores culturais que colocam prêmio sobre pessoas magras, com corpos “perfeitos”. Certifique-se de que você e seus filhos são educados sobre a natureza fatal da anorexia.
Para as pessoas que já desenvolveram anorexia nervosa, o principal objetivo é evitar a recaída. Familiares e amigos devem ser instruídos a não focar a condição da pessoa, ou em alimentos ou peso. Não discuta a condição na hora das refeições, por exemplo. Em vez disso, dedique as refeições à interação social e ao relaxamento.
Atenção aos sinais de recaída. Monitorização cuidadosa e frequente de peso e outros sinais físicos podem fazer seu médico detectar problemas mais cedo. Terapia cognitivo-comportamental, ou outras formas de psicoterapia podem ajudar a pessoa a desenvolver habilidades para enfrentar e mudar os pensamentos insalubres. A terapia familiar pode ajudar com problemas em casa que podem contribuir para a anorexia nervosa.

O diagnóstico

As pessoas com anorexia podem pensar que estão no controle de sua doença e que não precisam de ajuda. Mas se você ou um ente querido está experimentando sinais do transtorno, é importante procurar ajuda.
Se você é um pai que suspeita que seu filho tem anorexia, leve-o para ver um médico imediatamente. Ele vai pedir vários exames de laboratório e realizar uma avaliação psicológica. Se o médico suspeitar de anorexia, ele pode usar o questionário SCOFF, desenvolvido na Grã-Bretanha. A resposta “sim” a pelo menos duas das seguintes perguntas é um forte indicador de um transtorno alimentar:
  • S: “Você se sente doente quando você está cheio?”
  • C: “Você perde o controle sobre o quanto você come?”
  • O: “Você perdeu mais de 7kg recentemente?”
  • F: “Você acredita que você é gordo quando os outros dizem que você é magro?”
  • F: “Os alimentos e os pensamentos sobre eles dominam sua vida?”
Os testes de laboratório podem incluir:
  • Exames de sangue: para procurar sinais de anemia, para verificar eletrólitos, e para verificação da função hepática e renal;
  • Eletrocardiograma: para procurar ritmos cardíacos anormais;
  • Teste de densidade óssea: para verificar se há osteoporose;
Se o seu médico diagnosticá-lo com anorexia, você provavelmente receberá tratamento com uma equipe multidisciplinar, incluindo um médico, um psicólogo ou psiquiatra e um nutricionista.

Tratamento disponível

O tratamento mais bem-sucedido é uma combinação de psicoterapia, terapia familiar, e medicação. É importante para a pessoa com anorexia nervosa estar ativamente envolvida em seu tratamento. Muitas vezes a pessoa não acha que precisa de tratamento. A anorexia é um desafio de longo prazo que pode durar uma vida inteira. As pessoas permanecem vulneráveis ​​à recaída quando passam por períodos estressantes de suas vidas.
Uma combinação de tratamentos pode dar à pessoa o apoio médico, psicológico e prático de que necessita. Terapia cognitivo-comportamental, juntamente com antidepressivos, pode ser um tratamento eficaz para transtornos alimentares. As terapias complementares e alternativas podem ajudar com deficiências nutricionais.
Mesmo depois de algum ganho de peso, muitas pessoas permanecem bastante magras e o risco de recidiva é muito alto. Várias influências sociais podem tornar a recuperação difícil:
  • Amigos ou família que admiram o quão magro a pessoa é;
  • Instrutores de dança ou treinadores esportivos que valorizam quem tem um corpo muito magro;
  • A negação por parte dos pais ou outros membros da família;
  • A crença da pessoa de que a magreza extrema não é somente normal, mas também atraente, e que eliminar a comida é a única maneira de evitar o excesso de peso;
  • Envolver amigos, familiares, e outros no tratamento pode ser útil, quando todos estão instruídos e conscientes do papel que podem exercer.
Abaixo, listaremos os principais tratamentos envolvidos na anorexia nervosa:

1. Medicação

Não existem medicamentos aprovados para tratar a anorexia nervosa. No entanto, os antidepressivos são frequentemente prescritos para tratar a depressão que pode acompanhar a doença. Seu médico também pode prescrever medicamentos para ajudar com o TOC ou ansiedade. Os medicamentos, no entanto, não podem trabalhar sozinhos e devem ser utilizados em conjunto com uma abordagem multidisciplinar que inclui as intervenções nutricionais e a psicoterapia.
Outros possíveis medicamentos envolvem os inibidores da recaptação da serotonina. Esses antidepressivos são prescritos às vezes para as pessoas com anorexia. A fluoxetina (Prozac), foi estudada em pessoas com anorexia e depressão com resultados mistos. Em alguns estudos iniciais, mostrou-se um coadjuvante para aumentar o peso e melhorar o humor ao longo de vários meses. Mas, por outro lado, embora tenha ajudado a aliviar os sintomas da depressão, não afetou a própria anorexia.
Estudos recentes indicam que o uso de Prozac e outros antidepressivos podem influenciar crianças e adolescentes a ter pensamentos suicidas. Crianças que tomam estes medicamentos devem ser monitorados cuidadosamente para acompanhar sinais destes comportamentos.
As pessoas com anorexia podem não estar recebendo os nutrientes essenciais de que seu corpo precisa. Seu médico pode prescrever suplementos de potássio ou de ferro ou outros suplementos para compensar qualquer deficiência. Ele também pode prescrever ciproeptadina, um anti-histamínico que podem estimular o apetite. Num estudo, utilizando doses elevadas de cloridrato de ciproeptadina, diminui-se o número de dias que levou para pessoas com anorexia nervosa obterem uma quantidade adequada de peso.

2. Mudança no estilo de vida

Tratar a anorexia nervosa envolve grandes mudanças de estilo de vida:
  • Estabelecer hábitos alimentares regulares e uma dieta saudável;
  • Cumprir com o seu tratamento e planos de refeição;
  • Desenvolver um sistema de apoio e participação em um grupo para obter ajuda com problemas de estresse e emocionais;
  • Ignorar o desejo de pesar-se ou verificar a sua aparência constantemente;
  • Cortar os exercícios, se a obsessão por eles tem sido parte da doença (uma vez que a pessoa ganhou peso, o médico pode estabelecer um programa de exercícios controlados para melhorar a saúde geral).

3. Nutrição e dietas suplementares

As pessoas com bulimia são mais propensas a ter deficiências de vitaminas e minerais, o que pode afetar sua saúde. Deficiências de vitaminas podem contribuir para dificuldades cognitivas, tais como falta de senso ou perda de memória. Recebendo as vitaminas e minerais suficientes na sua dieta, ou através de suplementos, pode-se corrigir os problemas.
Informe sempre o seu médico sobre as ervas e suplementos que você está usando ou pensando em usar, visto que alguns suplementos podem interferir nos tratamentos convencionais. Seguir essas dicas nutricionais podem ajudar a saúde em geral:
  • Evite cafeína, álcool e tabaco;
  • Beba 6-8 copos de água filtrada por dia;
  • Use fontes de proteína de qualidade – como carne e ovos, soro de leite e proteína vegetal – como parte de um programa equilibrado que visa ganhar massa muscular e prevenir a perda de peso;
  • Evite açúcares refinados, tais como doces e refrigerantes.
O seu médico pode sugerir tratar deficiências nutricionais com os seguintes suplementos: multivitaminas diárias, contendo os antioxidantes A, C, E, as vitaminas do complexo B, e minerais tais como o magnésio, o cálcio, o zinco, o fósforo, o cobre e o selênio. Outras indicações podem ser ômega 3 – para diminuir risco de infecção e aumentar a imunidade, creatina – quando for fortalecer a fraqueza dos músculos, embora esse suplemento seja analisado com mais cuidado, devido aos danos que pode causar ao fígado e aos rins –, além de suplementos probióticos – como lactobacilos.

4. Utilização de ervas

As ervas são uma maneira de fortalecer e tonificar os sistemas do corpo. Como acontece com qualquer terapia, você deve trabalhar com seu médico para diagnosticar o problema antes de iniciar qualquer tratamento. Você pode usar ervas como extratos secos (cápsulas, pós, chás), glicerídeos (extratos de glicerina), ou tinturas (extratos alcoólicos).
Dentre as ervas recomendadas, estão a Ashwagandha (Withania somniferum, utilizada para bem estar geral e alívio do estresse), a Fenugreek (Trigonella foenum-graecum, para o estímulo do apetite), a Cardo de Leite (Silybum marianum, para a saúde do fígado), e a Catnip (Nepeta spp, para acalmar os nervos e o sistema digestivo). A prescrição das doses deve ser feita em alinhamento com o médico.

5. Métodos alternativos físicos

Há muitas evidências para apoiar o uso da acupuntura no tratamento da ansiedade e irritabilidade, que muitas vezes coincidem com a anorexia nervosa. Muitos centros de tratamento de transtornos alimentares oferecerem a acupuntura como parte de seu tratamento.

6. Terapias que trabalham o corpo e a mente

Existem alguns tratamentos que trabalham o corpo e a mente que podem ser úteis para a anorexia nervosa. Dois deles são:
  • Terapia cognitivo-comportamental: é uma das terapias mais eficazes para a anorexia nervosa. Na terapia cognitivo-comportamental a pessoa aprende a substituir pensamentos e crenças irrealistas negativas por positivas. A pessoa também está aprendendo a reconhecer seus medos e desenvolver formas novas e mais saudáveis ​​de resolver problemas;
  • Terapia Familiar: além de terapia individual, médicos também recomendam a terapia familiar, que envolve pais e irmãos. Os pais e outros membros da família muitas vezes têm sentimentos intensos de culpa e ansiedade que precisam ser resolvidos. A terapia familiar é destinada, em parte, a ajudar os pais ou parceiro (no caso de um adulto) a compreender a gravidade desta doença e as formas em que os padrões familiares podem contribuir para isso;
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Avaliado item: Anorexia Nervosa: O que é, Causas, Sintomas e Tratamento Descrição: Classificação: 5 Revisado por: weriton